sonho com uma casa e tenha uma sala grande.E que eu a pinte de de laranja e de lilás.E que tenha umas estantes verdes com varios livros, e umas almofadas pelo chão.
Um gatinho chamado brecht espreguiçando-se pela casa...
e que tenha uma janela grande,bem grande,pra entrar bastante vento e luz.
Um quarto espaçoso e acolhedor,pintado talvez de azul bem claro e que caiba
meu guarda-roupa,uma cama de casal e minha televisão.
E de manhã eu dormiria descansada enquanto brecht saracotiava pela casa.
Tô procurando meu sonho.

Há sensacões que ficam bem melhores,
veladas
no silêncio da minh'alma.

Minha perna esquerda está cheia de ronchas dissimuladas e doídas de um dia que escapou da minha memória...não que seja menos especial,mas é que por algum motivo,não lembro-me de ter adiquirido tais ronchas,só sei que elas apareceram e se fazem presentes.Junto com um dedo torcido e um pé cortado.
Uma tornozeleira rompida por falta de cuidado,tomou-me a cabeça ontem.Mas nos cuidados maternos dizia:"Não há nada que não possa ser ajeitado".Lembrando disso corri até a geladeira,peguei uma super bonder e colei o tal adorno de perna."Não há nada que não possa ser ajeitado".
Uma fome de madrugada e uma tentativa de fazer fogo,podem ocasionar numa pequena queimadura na mão.Nada que um pouco de missô em cima não cure.No outro dia nem se lembra que aconteceu.
Tenho em planos comprar um tênis,uma calça jeans , uma mochila e fazer uma viagem.Mas não necessáriamente nessa ordem de prioridade.

Hoje pintei bolinhas coloridas e borboletas na minha parede.
Recriei um pouco do meu mundo e trouxe-o para a realidade.
E coloquei papeis amarelos na minha porta,para relembrar umas certas paredes amarelas.
Com uma borboleta bem grande no meio.Gosto de borboletas,elas lembram a minha mãe.
Preciso cortar meus cabelos,eles já estão grandes.
meu amor de nariz entupido se espicha no sofá,
e faz cobranças de um prometido não cumprido.
Um sono toma-me em cheio e eu de camisola de bolinhas vermelhas,vou sonhar com borboletas.

de nariz e bem querer

É bom tá assim de madrugada e ver "seu bem" dormindo.Encolhidinho na cama,encostadinho na parede e com um nariz que só dá trabalho.E eu o encho de chazinhos,coristinas,própolis,dengos,inalações e coisinhas e tal.Quando o nariz aquieta e ele dorme sossegado, eu sorrio.É bom o ver dormir,e lhe encher repentinamente de beijinhos que o faz soltar grunidozinhos de mau humor.Assustar assim um adoentado é quase que um pecado!!!Logo quando o sono tão esperado consegue ser concretizado...Mas é que ele me encanta mesmo dormindo,com esse nariz entupido,rejeitando e fazendo muxoxos para o chá sem açucar(chá pra doente é sem açucar ora bolas),e querendo que eu faça
do-in até meus dedos incharem.eu o amo desse jeitinho que ele é.E eu acho que amor é exatamente isso não?!

Há dezenove anos atrás eu vi pela primeira vez o mundo.E chorei...

Num fim de tarde,onde o sol entra por entre os galhos da árvore e tocam a pele, e ilumina a sala;
minha visão, ainda está num piscar sim, outro não da realidade.E os flocos de sonho ainda estão na camisola,efeito de um sono de tarde...De sonhos azuis.
Os olhos ainda guardam a visão dos campos floridos...acordo mais ainda estou lá.

Sou assim;músculos laterais,bocas, beijos e momentos me cativam...
vivo num ocilar de sentimentos e quando é preciso refugiar-me
corro para um mundo que por direito é só meu.
Nunca levo ninguem lá...
onde só os meus sorrisos moram ,e eu os visito costantemente...
Deixo-me levar por paixões.
Deixo-me ser conduzida pela mão de olhos fechados.
se depois vierem as lágrimas,aquelas de tristeza bem triste,
as levo para meu mundo,
e dou-as pra meus sorrisos cuidarem.
Eles as levam até o mar e lá elas escorrem manhosas,
mar adentro.
hoje e dia de bolo...
de velas e parabéns!!!

"Quando eu nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora nao, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens,fundo reinos
-dor não é amargura.
Minha tristeza nao tem pedigee,
já minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável.Eu sou."
("com licença poética"- Adélia prado)
um belo começo...